terça-feira, setembro 04, 2012

A Casa na Praia

Pelo que me disseram, ninguém sabe quem construiu aquela casa.

Ela tinha um aspecto diferente, uma arquitetura intrigante, um pé direito muito alto e colunas rebuscadas, trabalhadas com o estilo das casas antigas, mas também tinha paredes com ângulos arrojados e águas de telhado com inclinações que não condiziam com aquele estilo, era antiga e moderna e, acima de tudo, velha.

Pois bem, a casa em si não é a questão.

Era uma casa abandonada e diziam, por toda a praia, que era habitada por demônios e fantasmas. Os moradores mais antigos da praia diziam que, em um dia de chuva, um anjo dos novos deuses passou a visitá-la. A princípio poucas vezes, mas com o passar do tempo com mais frequência. Depois disso, em pouco tempo, todos demônios e fantasmas se enfraqueceram ou foram embora.

Todos menos um.

Esse último habitante, um fantasma, foi, finalmente, deposto pelo anjo, que passou a habitar sozinho aquela estranha casa. Mas não à toa a casa era abandonada: era uma casa difícil de ser habitada, era como se ela reagisse aos habitantes pacíficos, como se não quisesse a paz. A casa lutou e, por fim, transformou também o anjo em um fantasma.


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