segunda-feira, junho 21, 2010

Conto um tanto misterioso

Tava dando uma Googada e achei / roubei esse conto de alguém chamado Sérgio Porto, de um blog chamado A Casa do Bruxo

Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.

Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:

Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal-iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.

Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.

Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".

O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.

Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:

- Julieta! Ó Julieta... consegui.

A mulher veio lá de dentro euxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.

quinta-feira, junho 17, 2010

Mais uma da série "dois pontos de vistas sobre um mesmo termo/situação"

É de domínio público o fato de homens e mulheres pensarem de formas diferentes e, quase sempre, opostas. Hoje eu recebi um e-mail que ilustra bem isso...


Relato do dia DELA:
No domingo a noite ele estava estranho. Saímos e fomos até um bar para tomar uma cerveja. A conversa não estava muito animada, de maneira que pensei em irmos a um lugar mais íntimo. Fomos a um restaurante e ele ainda agindo de modo estranho. Perguntei o que era, e ele disse que nada, que não era eu. Mas não fiquei muito convencida. No caminho para casa, no carro, disse-lhe que o amava muito e de toda sua importância. Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros. Finalmente chegamos em casa e eu já estava pensando se ele iria me deixar! Por isso tentei faze-lo falar, mas sem me dar muita bola ligou a televisão, e sentou-se com um olhar distante que parecia estar me dizendo que estava tudo acabado entre nós. Por fim, embora relutante, disse que ia me deitar. Mais ou menos 10 minutos ele veio se deitar também e, para minha surpresa, correspondeu aos meus avanços. Fizemos amor. Mas depois ele ainda parecia muito distraído e adormeceu. Comecei a chorar, chorar, chorar e chorei até adormecer. Já não sei o que fazer. Tenho quase certeza que ele tem alguém e que a minha vida é um autêntico desastre.

Relato do dia DELE:
Porra! O meu time perdeu. Fiquei puto a noite toda. Pelo menos dei umazinha. Mas ainda tô put pra caralho... Time de bosta!

segunda-feira, junho 14, 2010

Casa Verde, dois conceitos para um mesmo termo

Ontem, não consigo lembrar-me exatamente do porquê, mas em certo ponto de um certo diálogo, alguém citou uma tal "Casa Verde". Eu, que estava parcialmente absorto em pensamentos e devaneios, rapidamente vi-me a indagar: "Qual Casa Verde?".

Dito isso, esclareci que poderia ser a Casa Verde, aquela, que era um hospício na vila de Itaguaí, constantemente abastecido de cobaias humanas, onde Simão Bacamarte internava todas as pessoas da cidade que ele julgava loucas, como o vaidoso, o bajulador, a supersticiosa, a indecisa, e por aí vai.

Ou que poderia ser uma "Casa Verde", também conhecida como Ecohouse, uma casa feita sobre os conceitos de sustentabilidade ambiental, como utilização formas de energia limpas (vento, solar, etc), reciclagem de água, utilizaçã de materiais reciclados na construção, coisas desse tipo.

Depois desta vaga explicação, responderam-me: "Nem uma das duas, é aquela casa verde que fica na outra rua, que está à venda...". Senti-me um leigo, não sabia qual era a casa...


Saiba mais sobre Casa Verde (O Alienista)
Saiba mais sobre Casa Verde (Ecohouse)

segunda-feira, junho 07, 2010

TI Verde - Um olhar sobre as práticas sustentáveis no uso dos recursos tecnológicos e como elas podem ser usadas como diferenciais competitivos

É de amplo conhecimento o fato de que a área da tecnologia da informação é de um dinamismo sem par, evoluindo mais e mais a cada dia. Basta lembrar que os primeiros computadores, como o ENIAC (primeira geração, década de 40), funcionavam à base de circuitos eletrônicos e válvulas e demandavam enormes quantidades de energia elétrica e espaço físico. Hoje em dia, estamos vivendo uma época de expansão tecnológica, houve uma popularização dos computadores pessoais, iniciada na década de 70, os computadores tornaram-se cada vez menores, mais poderosos e mais acessíveis, além de extremamente necessários às mais diversas tarefas do ser humano, seja no âmbito pessoal ou no profissional. Logicamente, os computadores de hoje utilizam muito menos energia que os seus antepassados, mas, mesmo assim, o consumo de energia cresce à medida que componentes mais recentes e robustos são lançados.
Dessa constante evolução, desdobram-se alguns problemas no âmbito da sustentabilidade, dentre os principais, um deles foi citado anteriormente, que é a quantidade de energia elétrica demandada, outro grande problema seria a quantidade de lixo eletrônico produzida pela constante obsolescência dos equipamentos, sendo boa parte desse lixo constituída de metais pesados, a má utilização dos recursos na área da tecnologia, e por aí vai.
Dentro desse contexto, a TI Verde surge como uma forma de se utilizar melhor os recursos tecnológicos disponíveis para não agredir ou, já que isso é praticamente impossível, minimizar os impactos ambientais.
A TI Verde pode aparecer através de investimentos como a utilização de computadores mais econômicos, da utilização de placas de captura de energia solar para alimentar esses computadores, da utilização da virtualização para aumentar a eficiência, principalmente energética, das máquinas. Mas a TI Verde também pode partir de pequenas ações do dia-a-dia, como diminuir o brilho dos monitores, dar preferência à utilização do email ao invés de documentos impressos ou imprimir nas duas faces do papel. Tais práticas, além de reduzir os custos, podem também agregar valor à imagem da empresa, atrair novos consumidores, facilitar parcerias, aumentar a credibilidade entre os stakeholders, etc. Sendo, dessa forma, uma importante ferramenta na estratégia da empresa.