quarta-feira, outubro 26, 2011

Rotineiricidades #3 - Gabriel García Marquéz & Cem anos de Solidão

" (...) porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra."

O trecho acima é a última frase de "Cem anos de solidão" que é, de longe, a obra mais conhecida de García Márquez e uma das mais conhecidas da literatura mundial. Essa foi a obra pela qual fui apresentado a ele, e também o livro mais incrível que já li.

De forma lacônica e simplista, o livro conta os cem anos de história do povoado de Macondo, fundado por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán, além de narrar as peripécias e desventuras vividas por eles e seus descendentes, do primeiro ao último, durante esses cem anos. Na minha parca opinião, é uma leitura mais que recomendada, é obrigatória!

Pois bem, hoje no caminho pro trabalho esse trecho não me saiu da cabeça e, juntamente com ele, me veio à cabeça a lembrança do pouco que li de Gabriel García Márquez. De imediato lembrei também do que me "disse" certa vez René Descartes, "a leitura de todos os bons livros é uma conversação com as pessoas dos séculos passados" (ou nem tão distantes assim) o que, de certa forma, é verdade. Todo escritor passa às suas obras características únicas que acabam por identificá-lo, são essas características que nos fazem ter mais ou menos afeição a determinados autores e, por conseguinte, criar uma forma diferenciada de amizade.

É dessa forma que me sinto quando leio García Marquez, sinto-me conversando com um grande amigo. E, dessa forma, passei os anos acumulando mais e mais amigos, Dostoiévski, Descartes, Nietzsche, Machado, Clarice, Rubem Alves, Veríssimo, dentre outros, ou melhor, dentre muitos outros, vários.

Texto integral, a quem interessar possa...

MARQUÉZ, Gabriel García. Cem Anos de Solidão. 48ª ed. Editora Record: Rio de Janeiro.

Um comentário:

Amarildo Ferreira disse...

Ainda me devo a leitura desse livro do García, esse socialista que se prestou como homem de recados de Fidel nos primeros anos do governo instalado na ilha caribenha após a revoluição que deu um chute no rabo dos estadunidenses! Conheci sua obra por intermédio de uma ex-namorada que me emprestou Memórias de Minhas Putas Tristes, que, inclusive, fiquei sabendo que vai ser adaptado para o cinema. Também me considero amigo de muitos autores que ando lendo e é impressionante como eles nos conhecem e nos entendem. Costumo dizer que os livros e o cinema são duas formas de se aprender sobre situações da vida sem a necessidade de vivê-las! Abraços dipsomaníacos!